Por que???




Este blog tem como objetivo a Endocrinologia e tudo o que se relaciona com ela... Partes boas, outras nem tanto, para esclarecer dúvidas, para discutirmos sobre temas pertinentes, aqueles do dia a dia ou aqueles mais raros. O importante é ter vocês colegas, pacientes (ou ainda não) o mais próximo da Endocrinologia e de mim!!!

terça-feira, 24 de julho de 2012

Qnexa

Um remédio experimental para a obesidade foi recomendado pelo painel de controle americano na última quarta-feira, 22, levantando as esperanças de que os órgãos reguladores do país aprovem uma pílula para a perda de peso pela primeira vez em 13 anos.
Especialistas da Administração de Alimentos e Medicamentos (AAM) americana votaram 20 a 2 para recomendar a aprovação do Qnexa, desenvolvido para tratar a obesidade e demais problemas de saúde que acompanham a doença.

A AAM rejeitou o medicamento em 2010, devido a ressalvas de saúde relacionadas a problemas cardíacos e má-formação em recém-nascidos, assim como outras duas pílulas para a obesidade que exigiram uma outra rodada de considerações.

No caso do comitê de 2010, foram 10 votos contra 6 a favor das preocupações com a saúde. Dessa vez, a maioria dos votantes foi convencida dos benefícios do Qnexa para tratar a obesidade, mas são necessários mais estudos sobre riscos cardíacos.

Os votantes também apoiaram os planos da empresa de controlar rigidamente quem irá tomar o medicamento e limitá-lo a mulheres que não estão grávidas. Essas condições não estavam estipuladas na primeira votação.

A Administração deve fazer sua decisão final até o dia 17 de abril. O Qnexa, que combina o supressor de apetite fentemina com o anticonvulsivante topiramato, ajudou pacientes a perder pelo menos 10% do peso após um ano de tratamento, de acordo com a empresa.

A obesidade, que é a causa principal de diabetes, doença cardíaca e outros problemas sérios de saúde, já atingiu proporções epidêmicas nos Estados Unidos, com cerca de um terço da população no estágio de obesidade e metade acima do peso. AAM não aprovava um medicamento para obesidade desde 1999. [Reuters]

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Ultimas notícias sobre OBESIDADE



O Food and Drug Administration, dos EUA, aprovou dia 27 de junho o Belviq (cloridrato de lorcaserin) para tratamento da obesidade, como um complemento a uma dieta hipocalórica associada à prática regular de atividades físicas.

O novo medicamento foi aprovado para uso em adultos com um índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 30 kg/m² (obesos) ou em adultos com um IMC igual ou superior a 27 kg/m² (sobrepeso3) e que têm pelo menos uma condição relacionada, tais como hipertensão arterial, diabetes mellitus e alteracões de colesterol e triglicérides.

A aprovação do Belviq (cloridrato de lorcaserin), utilizado de forma responsável em combinação com uma dieta e um estilo de vida saudáveis, oferece uma opção de tratamento para os americanos que são obesos ou estão acima do peso e têm pelo menos uma comorbidade relacionada ao ganho de peso.

O Belviq funciona através da ativação do receptor da serotonina 2C no cérebro. A ativação deste receptor pode ajudar uma pessoa a comer menos e se sentir satisfeita depois de comer pequenas quantidades de alimentos.

A segurança e a eficácia de Belviq foram avaliadas em três estudos clínicos controlados por placebo8, que incluíram cerca de 8.000 pacientes obesos e com sobrepeso3, com e sem diabetes9, acompanhados por 52 a 104 semanas. Todos os participantes receberam modificação de estilo de vida que consistia em uma dieta hipocalórica e aconselhamento sobre a prática de atividades físicas. Comparado ao placebo, o tratamento com Belviq foi associado à perda de peso média variando de 3% a 3,7%.

Belviq não deve ser utilizado durante a gravidez. O tratamento com esta nova medicação pode causar efeitos secundários graves, em particular quando usado com determinados medicamentos que aumentam os níveis de serotonina ou ativam os receptores de serotonina. Belviq também pode causar distúrbios de atenção ou de memória.

Os efeitos secundários mais comuns do Belviq em pacientes não-diabéticos são tontura, nauseas, cefaleia, fadiga, boca seca e constipação18, e em pacientes diabéticos são hipoglicemia, dor de cabeça, dor nas costas, tosse e fadiga16.

Belviq é fabricado pela Arena Pharmaceuticals e distribuído pela Eisai Inc.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Exercícios físicos: Para emagrecer e ter outros benefícios...

Exercícios moderados podem reduzir o risco de câncer de mama em até 30%, ganho de peso pode comprometer este benefício

Mulheres que se exercitam podem reduzir seu risco de câncer1 de mama em até 30%, sugere novo estudo. O ganho de peso, no entanto, pode comprometer este benefício, segundo pesquisadores da University of North Carolina Gillings School of Global Public Health, liderados por Lauren McCullough.
O presente estudo, publicado pela revista científica Cancer1, mostrou que a atividade física recreativa moderada pode reduzir o risco de câncer1 de mama. O mais importante é que encontrou-se um risco reduzido deste tumor em mulheres que se envolveram com algum exercício após a menopausa
Para o estudo, a equipe de McCullough recolheu dados sobre mais de 1.500 mulheres com câncer1 de mama e um número semelhante de mulheres sem a doença. Todas elas participaram do Long Island Breast Cancer1 Study Project.
Os pesquisadores descobriram que mulheres que se exercitavam antes ou depoisda menopausa apresentaram um risco reduzido para o cancer de mama. Aquelas que se exercitaram de 10 a 19 horas por semana tiveram o maior benefício – uma redução de 30 por cento no risco. Qualquer quantidade de exercício colaborou para a redução do risco, principalmente para mulheres com tumores da mama positivos para receptores hormonais, tipo mais comumente diagnosticado entre as americanas.
Mesmo entre as mulheres ativas, porém, a aquisição de uma quantidade significativa de peso, principalmente apósa menopausa, aumenta o risco de câncer de mama, anulando o efeito benéfico do exercício.
McCullough disse que as razões para que o exercício esteja associado a um risco reduzido de câncer1 de mama não são conhecidas. Pensa-se que a quantidade de gordura corporal, uma menor exposição a hormônios circulantes, fatores de crescimento e marcadores pró-inflamatórios possam estar relacionados ao risco de cãncer de mama. Outros mecanismos envolvidos incluem melhor resposta imune, capacidade antioxidante e reparo do DNA, acrescentou.
Fonte: Cancer1, edição online de 25 de junho de 2012

quarta-feira, 20 de junho de 2012

CONHEÇA MAIS SOBRE SEU TRATAMENTO DO DIABETES: METAS PARA DIABETES MELLITUS

De maneira simples, com algumas situaçoes especiais podendo modificar algumas das metas, seu DM deve seguir estes números...

Parâmetro
Alvo

HbA1c
<7%, minimizando o risco de hipoglicemia

Glicemia Pré-Prandial
70-110 mg/dl

Glicemia Pós-Prandial (2 horas)
<140mg/dl

Pressão Arterial
<130/80 mmHg

Colesterol LDL
<100 mg/dl
<70 mg/dl se alto risco de doença CV
Colesterol HDL
>50 mg/dl
Triglicérides
<150 mg/dl
Vastatinas (independente do
colesterol LDL)
-Prevenção primária : se alto risco de doença CV
-Prevenção secundária : todos
Aspirina (75-162 mg /dl)
-Prevenção primária : se alto risco de doença CV
-Prevenção secundária : todos
Atividade Física
-Aeróbica : > 150 minutos/semana
-Resistência :3 vezes/semana

Alimentos ricos em cálcio. Saiba quais são e evite doenças como a osteoporose


As necessidades diárias variam de acordo com a faixa etária:
Crianças-800mg/dia;
Adolescente - 1200 mg/dia;
Adulto - 800mg/dia;
Pré-menopausa - 1000mg /dia;
Pós -menopausa - 1500 mg/dia;
Gravidez aumenta para cerca de 1500 mg/dia;


ALIMENTO
PORÇÃO
QTD.DE CALCIO(mcg)
Agrião
1 pires
50
Beterraba
4 colheres
99
Brócolis cozido
4 colheres de sopa
134
Coalhada
½ copo
196
Couve-manteiga
1 pires
99
Flocos de aveia
4 colheres de sopa
156
Gergelim sementes
100g
417
Iogurte desnatado
1 copo
250
Iogurte natural
1 copo
360
Laranja
1 unidade
96.0
Leite integral
1 copo
290
Leite desnatado
1 copo
300
Mamão
1 fatia grande
106
Melancia
1 fatia grande
22.0
Pão integral
1 fatia
12.2
Peixe
1 filé/posta
50-60
Queijo minas
1 fatia
137
Quiabo
4 colheres de sopa
359
Requeijão
1 colher de sopa
169.5
Salmão
1 filé
160
Sardinha em conserva
100g
402
Soja
1 xícara
175
Tofú
120g
150

quarta-feira, 11 de abril de 2012

CIRURGIA BARIÁTRICA



Informações básicas. Mas muito úteis...

Indicações (OMS): IMC acima de 35 Kg/m com complicações como apneia do sono, hipertensão arterial, diabetes, aumento de gorduras no sangue, problemas articulares, ou IMC maior que 40 Kg/m², sem sucesso na perda de peso com outros tratamentos.

Benefícios: perda de peso, melhora, ou cura, do diabetes, hipertensão arterial, problemas articulares e em menor grau redução do colesterol e ácido úrico.


Técnicas mais ultilizadas:
 Cirurgias restritivas: apenas diminuem o tamanho do estômago, (Banda Gástrica Ajustável, Gastroplastia vertical com bandagem ou cirurgia de Mason e a gastroplastia vertical em “sleeve”). A perda de peso se faz pela redução da ingestão de alimentos.

 Cirurgias mistas há a redução do tamanho estômago e também um desvio do trânsito intestinal, havendo desta forma, além da redução da ingestão, diminuição da absorção dos alimentos.


Pré operatório:
Endocrinologista e Cirurgião: avaliação clínica, laboratorial como aferição da pressão arterial, exames de sangue, avaliação das funções cardíaca e pulmonar, endoscopia digestiva e a ecografia abdominal Muitas vezes há a necessidade de avaliações com Cardiologista e Pneumologista.

Psicologia: também faz parte do pré-operatório. Os pacientes devem ser avaliados e se necessário, tratados antes da cirurgia.

Nutrição: necessita de um longo tempo de acompanhamento para orientações das dietas adequadas e específicas do pré, peri e pós operatórios. As deficiências nutricionais mais frequentes são de ferro, vitamina B12, ácido fólico, vitamina D, cálcio e até mesmo mesmo desnutrição. Reposições vitamínicas são feitas após a cirurgia e mantidas por tempo indeterminado.


Riscos e complicações: A hipoglicemia e fenômenos vasomotores (sudorese, taquicardia, sensação de mal-estar), colocam em risco o sucesso da intervenção à longo prazo, porque reduzem a chance do indivíduo perder peso. A diarreia pode ser uma complicação nas cirurgias mistas, principalmente na derivação bileopancreática.


Cirurgia plástica (para retirada do excesso de pele): pode ser feita quando a perda de peso estiver totalmente estabilizada - aproximadamente em dois anos.


Gestação: Mulheres pós cirurgia bariátrica devem aguardar pelo menos 15 a 18 meses antes de engravidar. A grande perda de peso logo após a cirurgia pode prejudicar o crescimento do feto.


Logo, complementarei comentando sobre a Cirurgia Metabólica, aguarde... Procedimento, recomendações e indicações.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Vamos restringir o que nos faz mal, seja lícito, ilícito, aceito pela sociedade ou não. Certo?!

Nature: consumo de açúcar deve ser controlado como cigarro e álcool


Três cientistas da Universidade da Califórnia (EUA), em artigo publicado na revista Nature, recomendam o controle do consumo de açúcar pela população, da mesma forma que é feito o controle sobre o consumo de álcool e cigarro. Os pesquisadores alegam que o açúcar está alimentando uma epidemia global de obesidade e contribuindo para 35 milhões de mortes todos os anos.

Robert Lustig, Laura Schmidt e Claire Brindis afirmam que os efeitos danosos do açúcar são semelhantes aos promovidos pelo álcool e que, por isso, seu consumo também deveria ser regulamentado pelas autoridades de saúde.

No entanto, diferente do álcool ou do cigarro, que são produtos consumíveis não essenciais, o açúcar está presente em diversos alimentos, o que dificulta a sua regulação.

Exposição crônica ao açúcar, assim como ao álcool pode provocar:
Hipertensão arteria (ácido úrico)
Infarto do miocárdio (dislipidemia e resistência à insulina)
Dislipidemia (lipogênese)
Pancreatite (hipertrigliceridemia)
Obesidade (resistência à insulina)
Desnutrição (obesidade)
Disfunção hepática (esteatohepatite)
Habituação e até viciação

Fonte: Nature, de 02 de fevereiro de 2012